O Estadão divulgou reportagem tratando a queda da popularidade de Lula, que já preocupa petistas para o quadro de 2016, ano de eleições municipais. Enquanto os petistas se preocupam sobretudo com isso, há outras coisas bem mais preocupantes – e a todos nós.
O trecho mais importante do texto, porém, é a lista de investigações sobre Lula e seu instituto. Os tópicos são BEM diversificados. Vejamos:
1) Tráfico de influência
Em junho de 2015, o MPF pediu esclarecimentos a Lula, ao BNDES e à Odebrecht por suspeita de tráfico de influência entre 2011 e 2014, acerca de contratos no exterior
2) Instituto Lula e Camargo Corrêa
Pagamentos milionários da construtora ao instituto do ex-presidente e também à sua empresa LILS, de 2011 a 2013, segundo informou a PF em junho do ano passado.
3) Tráfico Internacional de Influência
Apontando suspeitas de “vantagens econômicas”, foi aberta investigação criminal aberta em julho de 2015, pela Procuradoria da República do DF, com o objetivo de apurar eventual prática de tráfico internacional de influência favorecendo a Odebrecht.
4) BNDES
O nome de Lula foi citado pela PF nos autos da Lava Jato. O ex-presidente conversou com executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar, quatro dias antes de ele ser preso. Na conversa, houve preocupação com o “assunto BNDES”.
5) Primeiro delator cita Lula
Foi Ricardo Pessoa, dono da UTC, que falou de “repasses legais e ilegais”, citando R$ 2,4 milhões entregues à campanha de Lula.
6) COAF
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, do Ministério da Fazenda (ou seja, do próprio governo), emitiu em agosto, para investigação pelo MPF e pela PF, 3 relatórios indicando “movimentação atípica” da empresa de Lula, a LILS.
7) Depoimento como “informante”
A Polícia Federal requereu que Lula fosse ouvido no inquérito que investiga esquema de corrupção entre políticos na Petrobras. A suspeita era do ex-presidente ter-se “beneficiado pelo esquema”. O ministro Teori Zavascki autorizou a oitiva, mas com o depoente na condição de “informante”.
8) Segundo delator cita Lula
Agora, foi Fernando Baiano. Ele afirmou que o ex-presidente se reuniu pelo menos duas vezes com José Carlos Bumlai (o amigão que agora está também preso) e João Carlos Ferraz (na época presidente da Sete Brasil, criada pela Petrobras para construir navios-sonda). Segundo o delator, os encontros foram no Instituto Lula e depois deles houve a cobrança de R$ 3 milhões por Bumlai para pagar dívida de imóvel ligado à família de Lula.
9) Pagamentos da Odebrecht a instituições ligadas a Lula
Segundo laudo da Polícia Federal, foram quase R$ 4 milhões pagos pela Odebrecht a instituições ligadas ao ex-presidente, entre 2011 e 2014. Tais instituições – Instituto Lula e LILS – receberam R$ 17,2 milhões de empreiteiras investigadas pela Lava Jato.
10) Operação Zelotes
PF, Receita Federal e MPF cumpriram mandado de busca e apreensão no escritório de Luís Claudio Lula da Silva. A investigação apura o esquema de compra de Medidas Provisórias que teriam favorecido montadoras automotivas.
11) Depoimento à PF
Na condição de “informante”, Lula prestou depoimento à Polícia Federal em dezembro. Alegou ter desconhecimento dos esquemas de corrupção na Petrobras.
12) Prisão do amigo
O pecuarista José Carlos Bumlai (ver item 8) foi preso sob suspeita de intermediar propinas. O foco seria um empréstimo de R$ 12 milhões que poderia ter sido fraudulento, feito apenas para abastecer o Caixa 2 da campanha de Lula.
13) O amigo delata
Bumlai, com quem foram encontradas fotos em ambiente privado e de amizade com Lula, confessou: o empréstimo de R$ 12 milhões era pura fachada para levar dinheiro ao Caixa 2 de Lula. O valor depois foi “pago” ao Banco Schahin por meio de um contrato com a Petrobras.
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A única questão cabível é a seguinte: o que mais falta? Esperamos que em 2016 isso tudo dê em algo. O Brasil precisa disso.