Como é sabido, a situação de Lula não é boa. Além de assistir de camarote a queda de sua pupila, ele foi oficialmente denunciado na Operação Lava Jato e, enquanto ocorria o impeachment, o ex-líder de Dilma Rousseff no senado, Delcídio do Amaral, prestava depoimento em Curitiba dizendo que o ex-presidente seria o CHEFE DO PETROLÃO.
Mas é aquilo: desgraça pouca não existe. Ou, em versão menos castiça: “quando chove m.., nunca é garoa”. E a tempestade que assola o sr. Luis Inácio ganha novas trovoadas e consideráveis.
Paulo Okamotto, presidente de seu instituto, pediu “habeas corpus” no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Mas o Desembargador João Paulo Gebran Neto não acatou o pedido. Vale citar alguns trechos de sua decisão.
“Discordâncias centradas na suposta ilegitimidade de uma prova produzida com o auxílio de um dos investigados e na inexistente ‘tendência judicial’ de utilização das prisões preventivas para obtenção de confissões e colaborações, não maculam os acordos até agora firmados (…) Tampouco são pertinentes as teses que associam o novo instituto aos mecanismos de investigação utilizados no período de autoritarismo institucional. Ao contrário disso, o instituto nada traz de autoritário ou medieval. De um lado, a colaboração premiada revela-se moderno instrumento de investigação e apuração de ilícitos, sobretudo do crime organizado. De outro, pela ótica daquele que colabora, pode ser entendido como valoroso meio de defesa” (grifos nossos)
Pior para Lula e Okamotto. Melhor para o país.